quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dia 23 de agosto, os BRAND THINKERS vão conversar com Ricardo Guimarães da Thymus Branding


Os BRAND THINKERS, o grupo de pesquisa que eu fundei sobre o estudo da marca, volta em
grande estilo nesse 2º semestre. Nessa quinta-feira (dia 23/ago) vamos realizar uma visita THYMUS BRANDING para um bate-papo com o diretor-presidente Ricardo Guimarães. 

O espaço é limitado à apenas 30 pessoas, por isso caso a quantidade de interessados exceda esse limite termos que sortear. Está previsto para começar às 19hs em ponto. Gostaria que todos estivéssemos lá às 18:45hs pontualmente. Portanto, caso queira participar, envie um email com seu nome, email, cargo e empresa para hiller78@yahoo.com.br e confirmando que você consegue chegar nesse horário (18:45hs).

Ricardo Guimarães é presidente do Conselho do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e membro do Conselho do Instituto Razão Social. Profissional de comunicação, dirigiu sua própria agência de publicidade por vinte anos até fundar a Thymus Branding ( consultoria em marcas), da qual é diretor presidente. Sua carteira de clientes inclui, entre outros, o Banco Real ABN AMRO ,a HP, a Natura, a ALE Combustíveis, o Banco do Brasil, a Petrobras, a Suzano Bahia Sul, as Organizações Globo, a Revista Você S.A.,o canal GNT, a Editora Trip, o Instituto Ayrton Senna. É, também, colunista de revistas de comportamento e jornais de negócios, palestrante em eventos e professor convidado da FIA-USP para matéria de Branding.



DATA: 23 de agosto (quinta-feira)
HORA: às 18:45hs
LOCAL: Thymus Branding, Av. Brigadeiro Faria Lima, 2055 14º andar (esquina c/ a Gabriel Monteiro da Silva, sentido Pinheiros. Entrada do estacionamento pela própria Faria Lima no valor de R$ 15)

Marcos Hiller

terça-feira, 14 de agosto de 2012

London 2012 – A marca das Olimpíadas


por Lucas Bueno*

Sempre fui um apaixonado por Esportes e desde a adolescência me preparei para transformar essa paixão em profissão. Desde então fui traçando metas e objetivos que nos seus momentos ideias foram sendo cumpridos. Eis que 2012 chegou e pude enfim acompanhar minha primeira Olimpíada como profissional e o melhor de tudo in loco! Com um olhar ainda apaixonado, porém imparcial parti para Londres com uma missão muito clara, mapear as melhores práticas de branding, BTL, ATL e operações para futuramente compartilhá-las com clientes e futuros profissionais, mas a pedido do Hiller me atentarei e dividir minha percepção sobre branding durante os jogos e sob essa perspectiva só posso dizer que London 2012 foi a grande marca, superando de longe Visa, Adidas, P&G , entre outras que também fizeram um grande trabalho.

No entanto, London 2012, mostrou que o Branding de fato só funciona com um pensamento de longo prazo. Seguindo à risca o modelo de Keller de  Identidade, Significado, Respostas e Relacionamentos, a preocupação com a marca teve inicio ainda na candidatura da cidade para sediar o maior evento esportivo do mundo. Resumidamente, na época a grande favorita era a cidade de Paris, porém Londres com um plano consistente de Branding trouxe até o COI a seguinte “mensagem” – London 2012 Inspire a Generation! – e a partir daí entrou de vez pela briga para ser sede.  A história completa pode ser encontrada no livro The Race for the 2012 Olympics.

Então, já a partir da cerimônia de abertura dos jogos, a confirmação que o trabalho de gestão de marcas seria perfeito, pois quebrando o protocolo de acendimento da tocha olímpica, no qual um grande atleta do país sede fica responsável e tem a honra de fazê-lo, London 2012 deixou a responsabilidade e a honra para os futuros campeões, a nova geração do esporte britânico, coletivamente representada por jovens atletas. A restrição de exploração de propriedades visuais por parte dos patrocinadores facilitou o trabalho, todas as arenas eram “limpas” e as tradicionais placas de publicidade eram exclusivas “London 2012 inspire a generation”. Uniformes dos voluntários, placas sinalizadores de acesso, mapas de orientações nas estações de metrô, produtos licenciados, lojas próprias, comunicação visual em todos os bairros principais avenidas da cidade e até mesmo nos comunicados no sistema de som das arenas. O trabalho de marca apareceu até na cerimônia de encerramento quando a organização resgatou grandes ídolos da música britânica e trouxe a mensagem de que os jogos foram apenas a primeira etapa de um futuro promissor e com grande legado. Ao final dos jogos, apesar de todas as dúvidas, 62% da população ficou satisfeita e acredita que os investimentos foram bem feitos. Poderia avaliar mais profundamente e dizer como o sucesso no quadro de medalhas contribuiu no branding assim como as arenas temporárias, urbanização, treinamento de voluntários e até mesmo o fato do sistema público de transporte não ter entrado em colapso. Enfim digo tranquilamente a vocês que London 2012 foi a grande marca dos Jogos.


*Lucas Bueno esteve nas Olimpíadas de Londres 2012, é especialista em marketing esportivo e hoje trabalha na Agência Manga em SP. Atuou como Brand Ambassador da PUMA no Brasil e foi PRS/Trade Marketing Country Manager da marca. Ao longo dos últimos anos atuou ativamente no processo de reestruturação da operação brasileira da marca alemã, realizou a start up da Touch Sports atendendo cliente como Central Nacional Unimed, Vale do Rio Doce, KVA Alimentos, Alfameq, Órion Laboratório, entre outros. Formado em Esporte pela Universidade Estadual de Londrina e Universidade Técnica de Lisboa, possui MBA em Gestão e Marketing Esportivo pela Trevisan Escola de Negócios e MBA em Marketing pela FIA-USP.

Nesse ecossistema digital que vivemos, o lema é: capacite-se!


por @marcoshiller

Eu moro sozinho. Mas quando chego em casa todas às noites, vou comer alguma coisa, ligo minha televisão e faço log in no meu Facebook. Como um passe de mágica: eu não estou mais sozinho. Estou fazendo parte da vida e da intimidade de outras pessoas. Nesse momento, a solidão não existe mais. É o que acontece com boa parte das pessoas hoje em dia. Vivemos em um mundo hiperconectado. Vive-se hoje rodeado por telas, é a tela do smartphone, da TV, do iPod, do GPS, do iPad, do relógio. E a tendência é que tudo isso se torne uma única tela, pelo menos quando estamos em casa. Aqui na minha humilde residência por exemplo, já tenho a minha Apple TV (paguei 99 dólares) e que me permite acessar YouTube, ver fotos do meu celular, tudo por meio da tela de minha TV LG de 40 polegadas. Genial!

Um grande pesquisador contemporâneo, Nestór Garcia Canclini, diz que nas redes sociais evidencia-se até mesmo fenômenos de autismo e desconexão social, devido às pessoas preferirem antes ficar na frente da tela do que relacionar-se com interlocutores em lugares fisicamente localizados. Sou obrigado a concordar carinhosamente com o pensador argentino. E é exatamente assim que nos comportamos às vezes. Hoje em dia quando saio para jantar com minha namorada, a primeira coisa que ela faz e pedir meu celular e guardar na bolsa dela, porque senão ela diz que eu não interajo e não curto aquele momento a dois. E ela está coberta de razão! Eu dou meu celular a ela gentilmente (com o modo silencioso devidamente ativado). Ela diz que eu tenho mania de dar check-in no Foursquare em tudo que é canto, na rua, no Starbucks, na padaria, e até na casinha do cachorro. Check in no Ráscal é bacana. Mas check-in no Habib’s, não é. Check in no novo Shopping JK Iguatemi, show de bola. No Shopping Metrô Itaquera, nem pensar! A sensação é que as pessoas gostam de demarcar território apenas em lugares chiques. No aeroporto é cool, o cara é viajado. Na rodoviária, não! Ele é classe C. Será que é assim que funciona?

Os celulares nasceram, comercialmente falando aqui no Brasil, há cerca de 15 anos e eram gigantes, pesados e feios. Com o tempo, foram reduzindo de tamanho e ficando mais finos. Curiosamente, hoje em dia, estão voltando a crescer de novo, com telas cada vez maiores e mais nítidas. Senhores engenheiros e designer, o limite é o tamanho do bolso da minha calça jeans ok? Os celulares colam ao nosso corpo como um elemento a mais de nossa indumentária. A corporabilidade abriga as novas tecnologias. O fato de eu estar conectado o tempo todo não significa que estou interagindo o tempo todo. Conectividade não é sinônimo de interatividade. E nesse universo, muito mais importante do que estarmos simplesmente presentes nas atraentes e viciantes redes sociais, é preciso saber o que fazer lá, saber estar presente de forma relevante e coerente. Autores importante hoje em dia se debruçam em todas essas questões. O fato é que temos que criar uma estratégia de como se comportar nessa nova arena online, nesse novo ecossistema digital. Por mais que sejamos atores-sociais na nossa vida, não dá para separar mundo online do mundo offline. Somos um só.

Redes Sociais é um assunto novo, magnético e muito fértil. Atrai gente de tudo que é tipo. No meu email por dia chegam dezenas de mensagens me convidando para eventos, cursos, palestras, simpósios, oficinas e lançamentos de livros sobre mundo digital, redes sociais e afins. Confesso que deleto a maioria sem abrir, pelo simples motivo de não conseguir decodificar todo esse excesso de conteúdos. Tem muita gente surfando nessa onda. Gente boa e gente fraca. Cabe a nós sermos criteriosos ao extremo e olharmos a fundo quem está dando o curso, quem é o blogueiro, quem assina o videocast. A internet permite que as pessoas escrevam o que quiser a bel-prazer. Take care! Analise minimamente a bagagem acadêmica de quem você tá lendo, de quem você assiste, de quem você ouve. Leia bons livros, procure autores com “pedigree”, e não simples aventureiros do Facebook. Quer dicar de bons autores? Então vamos lá! Afinal tem muito gente fera no mundo hoje debruçada em entender a fundo todas essas questões: 

- Sherry Turkle, pesquisadora do MIT, escreveu “Alone Together” e “Life on the Screen” (assista ela no TED Talks e veja com que lucidez que ela analisa o impacto dessas novas tecnologias na vida das pessoas: https://www.youtube.com/watch?v=t7Xr3AsBEK4). 
- Erick Felinto, super pesquisador da UERJ que estuda a cibercultura (aqui o blog do Erick: http://poshumano.wordpress.com/). 
- Dê uma olhada no grupo Socio Tramas, formado por pesquisadores do Mestrado da PUC e liderado pela diva da semiótica Lucia Santaella (aqui o link: http://sociotramas.wordpress.com/). 
- Conhece o blog de Seth Godin, um dos maiores pensadores de marketing da contemporaneidade (acesse aqui e assine para receber a inspiradora newsletter que ele manda todo dia no nosso email: http://www.sethgodin.com/sg/.)

Quer se capacitar? Então procure bom cursos, como por exemplo o inédito MBA em Marketing, Consumo e Mídia Online que esse que vos escreve está coordenando na Trevisan Escola de Negócios aqui em São Paulo. O curso conta com um corpo docente de elite, com excelente bagagem acadêmica e com o pé no mercado digital. Montei uma proposta metodológica exclusiva, com um repertório teórico contundente, cases de mercado e com visita técnicas programadas em agências digitais e grandes agências de publicidade. No cardápio de disciplinas, alguns temas mais ligados a ciências sociais como Sociologia e Antropologia do Consumo, Semiótica e Pós-Modernidade; outros mais técnicos do mundo web: Redação Web, Google Analytics, SEO/SEM; e outros assuntos mais avançados como: Gestão de Reputação de Marca, Guerrilha Digital, Ativação de Eventos com foco em digital. Aqui está o link onde você poderá ter acesso a todas as informações do curso: http://trevisan.edu.br/posgraduacao/1783/mba-em-marketing-midia-e-consumo-on-line


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Londres colocou o sarrafo lá cima, mas vamos dar conta do recado.


por @marcoshiller

As duas semanas rápidas e intensas dos Jogos Olímpicos de Londres se foram. O que fica na nossa memória são os momentos inesquecíveis, as performances de Usain Bolt, as medalhas de ouro do Brasil, as nossas pratas doloridas, entre outros inúmeros momentos que nos emocionaram. Agora a bola está com o Brasil, melhor ainda, a tocha está com o Rio de Janeiro. E olha que a responsabilidade se tornou ainda maior, pois Londres elevou a barra, colocou o sarrafo lá em cima mostrando nos jogos e nas cerimônias de abertura e de encerramento toda a magia, elegância e seriedade dos ingleses. Justo eles, que são simbolizados pelo mundo como um povo meio frio, com uma gastronomia pouco convincente e um céu sempre nublado. O que vimos nessas últimas suas semanas não foi nada disso, muito pelo contrário, por meio de performances de The Who, Paul McCartney, George Michael e Annie Lennox, eles mostraram ao planeta o quanto rica é a cultura pop da Grã-Bretanha. E deram show também no quadro de medalhas (terminaram em terceiro).

Agora cabem aos brasileiros e cariocas provarem que saberão fazer bonito também, pois o céu aqui é de brigadeiro, o povo é alegre e a gastronomia tem torresmo e cerveja trincando no copo americano. Quando Eduardo Paes ontem recebeu a bandeira olímpica, os comentários dos brasileiros no Twitter eram norteados por um certo frio na barriga, um sensação de medo de não fazer bem feito. Isso era refletido nos comentários em redes sociais. Um corrente de pessoas dizia que o Brasil seria bem esteriotipado no Rio 2016 por meio de cenografias de favelas, tucanos e araras voando pelo estádio olímpico, ao som de Michel Teló e mulatas sambando. E o gostoso couvert que vimos ontem mostrou que o Rio é algo a mais que apenas isso. A própria escolha do gari Renato Sorriso para abrir o “aperitivo” do Rio 2016 ontem já baixou a guarda dos críticos de plantão. O gari deu a largada na parte verde-amarela da festa e “ensinou” um gringo a dançar no palco. De forma sublime, ele simboliza impecavelmente o Brasil e o Rio de Janeiro: um homem do povo, negro, trabalhador, com um espontâneo sorriso no rosto e com samba no pé. Logo depois nada de Ivete Sangalo, Daniela Mercury ou Claudinha Leitte, vimos Marisa Monte entrando no palco representando Iemanjá e interpretando um trecho da Bachiana número 5, do genial maestro Villa Lobos. Os povos indígenas brasileiros também foram lembrados, com tambores e ciber-dançarinos espalhados pelo palco. Em seguida BNegão, da banda Black Alien, representou o Maracatu Atômico de Chico Science, e com a participação da bela Alessandra Ambrósio. Seu Jorge pegou o bastão do revezamento e interpretou “Nem vem que não tem”, letra de Carlos Imperial imortalizada na voz de Wilson Simonal. Para fechar com chave de ouro, o atleta do século Pelé distribuía abraços, enquanto Marisa Monte cantava com seu Jorge "Aquele abraço", de Gilberto Gil. 

Depois do que vimos ontem, se algum atleta brasileiro ainda estava na dúvida se tentaria ou não os jogos olímpicos Rio 2016, as dúvidas não existem mais. Todo mundo vai querer fazer parte dessa festa. A marca Brasil não poderia ter sido melhor representada do que ontem. Em recente pesquisa feita, perguntaram para diversas pessoas do resto do mundo uma palavra que representasse o Brasil, e logicamente a palavra que venceu foi: alegria. O que vimos ontem foi um gostinho de nossa cultura e o que o Brasil tem de melhor. Temos inúmeros defeitos, mas nossas virtudes falaram mais alto. Falem o que quiser, mas esse é o Brasil que temos para mostrar. E quem não arrepiou ontem, que atire o primeiro bolinho de carne-seca.